A tarde, estava no fim e o pôr do sol teimava entrar pela Janela da sala reflectindo todo o seu esplendor na paredes pintadas de forma majestosa de um vermelho velho que parecia fruto da inspiração dos dedos de uma artista como que a desenhar pensamentos na tela.
Estava á tua espera para um Jantar preparado com inspiração nas origens indianas cujas raízes desconheciam-se por completo.
Caril de lagosta acompanhado por um arroz de açafrão e cravinho onde a canela aparecia como perfume suave do aroma.
O vinho Lambrusco rosé refrescava num frappé prata recheado por Gelo ás lascas e pétalas de túlipas brancas, assente na mesa decorada com uma toalha vermelha, pratos e flutes pretos, guardanapos e marcadores dourados.
Como sobremesa uma mousse de coco e manga perfumada com hortelã selvagem.
Preparei um banho de sais de lima e pétalas de rosa, decorei á volta da banheira e espalhadas pela casa toda, velas de baunilha, que juntamente com o incenso criaram um ambiente exótico e sedutor por toda a casa.
Tocaste á campainha e o meu coração parou todo o meu corpo estremeceu, afinal ia conhecer a pessoa que me deixou apaixonado só pelas palavras…
Abri e esbocei um sorriso envergonhado, tu entraste e ficaste hipnotizada pelo ambiente e perguntaste porque só agora? Se esperei toda a vida por este momento, encolhi os ombros e encostamos a testa um ao outro procurando a boca com a suavidade do momento.
Fechei a porta e apontei para a casa de banho e disse que te tinha preparado um banho revitalizante, afinal a viagem teria sido longa e cansativa, não disseste uma palavra e encaminhaste-te para o mesmo, pegando na minha mão e convidando-me a partilhar o momento contigo, tiramos a roupa, eu entrei primeiro e tu sentaste-te á minha frente, deixando o pescoço e as orelhas sem defesa para os meus beijos que teimavam em perseguir o teu lado sensível.
Levantaste-te e saíste da banheira convidando-me a sentar no beiral, todos molhados sentaste-te ao meu colo e cavalgaste como se o futuro começasse nesse momento, atingimos o orgasmo juntos e deixas-te cair uma lágrima envergonhada de felicidade.
Saímos para a sala, servi o jantar e ficamos a conversar e a trocar olhares penetrantes enquanto degustávamos o jantar.
Quando acabamos, ia tirar a mesa, mas tu puxaste a toalha deitando abaixo todo os vestígios do jantar como se quisesses que o momento ficasse imortalizado.
Pediste que me deitasse na mesa, tiraste-me as boxers e com beijos subtis nas virilhas e nos testículos, puseste-me á prova enquanto me fintavas nos olhos, a tua língua maliciosa percorreu o meu membro até que senti o calor da tua boca, pedi clemência e aceitaste, trocamos de lugar despi-te a lingerie branca e preta, a minha língua e dedos descobriram sítios em ti que até tu desconhecias que os tinhas, virei-te de costas para mim e possui-te de uma forma que as palavras são incapazes de descrever, tiveste dois orgasmos até que me pediste para tentar o Anal não era hábito e já o tinhas feito alguma vezes, aceitei e começamos devagar até que foste tu que ditaste a velocidade do acto atingimos ambos um orgasmo lento e delicioso, tendo eu terminado com a expressão…
ADORO-TE MUITO, SABIAS.
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
"De Profundis"
Encontro, algures na minha natureza, alguma coisa que me diz que não há nada no mundo que seja desprovido de sentido, e muito menos o sofrimento. Essa qualquer coisa, escondida no mais fundo de mim, como um tesouro num campo, é a humildade. É a última coisa que me resta, e a melhor (…). Ela veio-me de dentro de mim mesmo e sei que veio no bom momento. Não teria podido vir mais cedo nem mais tarde. Se alguém me tivesse falada dela, tê-la-ia rejeitado. Se ma tivessem oferecido, tê-la-ia rejeitado (…). É a única coisa que contém os elementos da vida, de uma vida nova (…). Entre todas as coisas ela é a mais estranha (…). É somente quando perdemos todas as coisas que sabemos que a possuímos.
(Oscar Wilde, in “De Profundis”)
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
sábado, 11 de dezembro de 2010
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Limites do Amor
"Condenado estou a te amar
nos meus limites
até que exausta e mais querendo
um amor total, livre das cercas,
te despeça de mim, sofrida,
na direção de outro amor
que pensas ser total e total será
nos seus limites da vida.
O amor não se mede
pela liberdade de se expor nas praças
e bares, em empecilho.
É claro que isto é bom e, às vezes,
sublime.
Mas se ama também de outra forma, incerta,
e este o mistério:
-ilimitado o amor às vezes se limita,
proibido é que o amor às vezes se liberta."
(Affonso Romano de Sant'Anna)
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Citando Carlos Drummond de Andrade
domingo, 5 de dezembro de 2010
sábado, 4 de dezembro de 2010
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